O irônico procedimento de TAMPÃO-SANGÜINEO-PERIDURAL em pacientes Testemunhas de Jeová

TAMPÃO-SANGÜINEO-PERIDURAL-EM-PACIENTES-TJs
O que vou mostrar agora é uma técnica para se fazer o Tampão sanguíneo Peridural em testemunhas de Jeová. Em primeiro lugar se tem de explicar que este procedimento é para casos onde ocorre um tipo de cefaléia muito dolorosa. A cefaléia pós-punção da duramáter é a mais freqüente complicação neurológica da raquianestesia, sendo altamente incapacitante em alguns casos. Tem uma solução simples, tanto para evitá-la como para diminuir ou corrigir rapidamente este problema: o Tampão Sanguineo Peridural.


De forma bem simples, podemos dizer que este "Tampao Sanguineo Peridural", nada mais é do que usar o sangue como uma "cola" dentro da cavidade da coluna vertebral.

Por que uma cola?

Porque a dor de cabeça (cefaléia) é causada pelo furo na coluna feito pela agulha da anestesia e este furo pode levar a uma perda constante de um importante liquido, o "liquor" (líquido cefalorraquidiano) e este vazamento causa dores terriveis de cabeça.

Então para se obter esta "cola" de sangue basta tirar um pouco de sangue periférico (como do braço por exemplo) e injeta-lo no espaço peridural (dentro da coluna). Lá ele vai coagular e tampar o buraco, estancando este vazamento e conseguindo acabar em poucas horas com uma terrível dor que poderia perdurar por semanas.

Problema quando em testemunhas de Jeová:

Uma testemunha de Jeová não pode usar um sangue que saiu de seu corpo (embora façam isso com maquinas C.A.T.S. ver link *).

Como ajudar então um fanático religioso que está se contorcendo de dor?
Simples:
A lei que eles inventaram também permite ser burlada por eles mesmos. Existe um método permitido entre as TJs que resolve isso.

Continua na próxima foto.

Este método que é permitido entre as testemunhas de Jeová consiste em apenas fazer um circuito fechado entre uma veia e o espaço peridural. Eles chamam isso de "circulação extra-corpórea" e já foi usado em muitas testemunhas. O termo não tem sentido em vista de na verdade não existir "circulação" de sangue no espaço peridural, mas esta desculpa é o suficiente para a consciência.
Pode-se dizer que a segunda ignorância delas anula o problema causado pela primeira (não aceitar componentes do sangue).
Ignorância anulando ignorância.

Embora de um pouco mais de trabalho em relação ao que é normalmente feito não é também um procedimento complicado, apenas engraçado do ponto de vista de um profissional da área.
Tem de se criar uma pequena fachada para a consciência de uma testemunha de Jeová.

O ponto central é fazer parecer que o sangue circulou naturalmente de uma veia para o espaço peridural (coisa que não existe).


Esta falsa circulação, consiste então de se puncionar uma veia (no caso da foto na perna) que ira fornecer o sangue (a cola). No meio do circuito esta uma seringa e um registro que ira fazer um papel de bomba para puxar e depois empurrar o sangue para o lado que se deseja.

Após puxar o sangue da veia para a seringa, fecha o registro de um lado e desvia o sangue para a coluna.

Feito.
É ridículo, não faz o menor sentido, mas é aceito e recomendado pelas próprias testemunhas de Jeová através da COLIH*.

É difícil dizer se trata-se de desonestidade intelectual ou ignorância das mais ridículas, mas o fato é que isto não é um caso de circulação extra-corpórea, muito menos imitação de um sistema natural, visto que esse sangue não vai de um vaso para outro, vai para o espaço peridural na coluna vertebral.
Este é apenas de mais um exemplo de como certas doutrinas fazem as pessoas agirem como estúpidas e ainda por cima dificultando o trabalho dos profissionais que querem ajudar.

* https://exjeovaceticos.directorioforuns.com/testemunhas-de-jeova-e-a-questao-do-sangue-f4/cats-maquinas-recuperadoras-de-sangue-hipocrisia-das-tjs-t3.htm
* *(grupo de anciãos da TJs que visitam médicos e hospitais orientando o que podem e não podem realizar numa TJ)

A matéria original que é fonte desta simplificação está nesse link:
http://www.scielo.br/pdf/rba/v53n5/v53n5a10.pdf