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Morte imposta por decreto religioso

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Mensagem por Regis Medina Qua Fev 02, 2011 5:53 pm


Morte imposta por decreto religioso Doar-sangue
Morte imposta por decreto religioso
DOM, 30 DE JANEIRO DE 2011 05:46 SEBASTIÃO RAMOS

Testemunhas de Jeová não chegam à conclusão que as transfusões de sangue são erradas, de livre e espontânea vontade.

Como os meus leitores bem sabem, até recentemente eu era uma Testemunha de Jeová. Acérrimo defensor da doutrina jeovista, fui ensinado e ensinei a outros que usar o sangue em caso de risco de vida, nomeadamente numa intervenção cirúrgica era um pecado capital aos olhos de Deus. Foi isso que transmiti ao escrever o artigo “Novos Experimentos revolucionam a medicina transfusional”. Nesse artigo fiz aquilo que me fora ensinado pela Torre de Vigia, através de discursos, vídeos, matéria escrita em revistas, livros. Alguns poderão se interrogar o porquê de estar a escrever novamente sobre este assunto. E perguntam bem, porque aquilo que escrevo agora, não escrevo mais como Testemunha de Jeová. Após os diversos artigos que publiquei, defendendo crenças que acreditava ser verdade, emanadas da autoridade máxima das Testemunhas de Jeová, a Torre de Vigia por meio de seus anciãos, líderes eclesiástica das congregações aplicaram a máxima sanção imposta a uma Testemunha de Jeová – a desassociação. Desassociação esta imposta, porque me recuso a silenciar a minha voz e direito de me fazer ouvir. Tornei-me por isso incômodo para a liderança das Testemunhas de Jeová que suspeitam de qualquer traço de individualidade de seus membros, seja no campo artístico, pessoal ou social. Explicando isto, devoto agora a minha atenção a temática das Transfusões de Sangue. Creio que mediante notícias constantes vindas a público sobre este assunto, é meu dever explicar aos meus leitores e dar-lhes uma visão muito particular – a visão de uma ex-Testemunha de Jeová.

Em primeiro lugar é preciso esclarecer que as Testemunhas de Jeová não chegam à conclusão que as transfusões de sangue são erradas, de livre e espontânea vontade. Durante o estudo bíblico que temos para nos tornarmos Testemunhas, somos alertados para esta situação, começando desde o principio a ser doutrinados que, para termos o favor de Deus, quando confrontados com uma situação em que seja necessária uma transfusão de sangue, deve ser posta de lado imediatamente. Em nenhuma circunstância, deve uma Testemunha de Jeová, aceitar ou doar sangue. Ponto final no assunto. Anualmente, existem também diversas ocasiões, nas reuniões semanais nos Salões do Reino, em que esse assunto é trazido a lume e reforçado.

Muitas das vezes, através de artigos da revista A Sentinela ou Despertai, as Testemunhas são orientadas como lidar com circunstâncias em que as transfusões de sangue sejam impostas por médicos. São ensinadas como responder diante de tais, até mesmo diante de Juízes, caso isso lhes seja exigido. Cada Testemunha é por isso, ensinada, desde criança, que a transfusão de sangue é um crime contra Deus e uma das mais repugnantes práticas praticadas pelo homem moderno. São enumerados os malefícios que as transfusões de sangue acarretam para os pacientes e exaltados os procedimentos cirúrgicos em que estes não são usadas, substituindo-se por terapias alternativas, muitas delas desenvolvidas, conforme é ensinado pelos líderes da religião.

Não pretendo defender ou questionar as transfusões de sangue, nem mesmo questionar as bases bíblicas que levaram a Organização das Testemunhas de Jeová a criar esta doutrina. A interpretação das Escrituras Sagradas depende dos olhos de quem a lê e numa questão tão sensível como esta, é perigoso basear uma decisão de vida ou morte, pois textos bíblicos fora do contexto, tem produzido barbaridades inimagináveis durante a história. O meu raciocínio pretende provar antes, que as Testemunhas de Jeová, não têm uma política coerente ao uso do sangue. Que esta política confusa e sem qualquer base científica, tem levado até mesmo membros da Torre de Vigia: anciãos, membros das CLH (comissões de Ligação com hospitais) e outros, a questionar a própria organização com respeito à coerência do que é ensinado e do que é exigido às próprias Testemunhas de Jeová, e por conseguinte aos médicos a quem recorrem em busca de tratamento, sem qualquer resposta satisfatória.

Ao passo, que a sociedade brasileira conhece o drama dos desassociados através do movimento histórico do Ceará e uma denuncia inédita que o Ministério Público Cearense impetrou contra lideranças da organização das Testemunhas de Jeová, vislumbra-se ações concretas por parte da sociedade civil organizada e de autoridades. Alguns juristas têm relatado que, a luta que travamos em Fortaleza contra a desassociação reforçou o Tribunal de Justiça de São Paulo, pioneiramente, a decidir por maioria de votos, mandar a júri popular os pais de uma adolescente que morreu em 1993 ao ser impedida de receber uma transfusão de sangue. O médico, amigo da família, também está sendo julgado. Sendo assim, para além da forma como é reforçada constantemente a doutrina do sangue, quer nas reuniões, quer nas publicações, o medo real que uma Testemunha tem de não se manter fiel aos valores ensinados pela “Organização de Deus na Terra”, o “Único canal” de instrução espiritual junta-se o verdadeiro terror de ser expulsa do seio da congregação, deixando assim de ter a amizade, companheirismo e amor de seus irmãos. Caso aceite uma transfusão, colocando a sua vida, acima da doutrina religiosa e da particular interpretação da Torre de Vigia, ela sabe que caso isso se venha a acontecer, o destino mais certo é ser automaticamente expulsa e tratada como um traidor à causa jeovista e merecedor da destruição eterna da parte de Deus no Armagedon.

Colocando as coisas como elas realmente são, pode o leitor, deixar de compadecer-se dos pais desta jovem que morreu, e que, acreditando que a doutrina que lhes foi ensinada como vinda diretamente da parte de Deus, por meio do único canal de luz espiritual, a Torre de Vigia, levou-os a recusar uma transfusão de sangue potencialmente salvadora de sua filhinha? Perante tamanha pressão psicólogica, estes pais tinham diante de si um verdadeiro dilema teológico e moral: Por um lado poder salvar a vida da sua filha por meio de uma transfusão de sangue e por outro lado, perder o favor de Deus, conforme lhes foi ensinado e ainda, acarretar uma possível expulsão da religião que os privaria do convívio, da amizade e do afeto dos seus pares da congregação.

Quem acha que devia de estar no banco dos réus - os pais que acreditando naquilo que lhes foi ensinado pela Torre de Vigia, como se fosse ordem direta de Deus, impediram a transfusão ou a fonte desse ensino criminoso e destruidor de inúmeras vidas, os líderes das Testemunhas de Jeová?! A sociedade merece uma resposta para que isso não se repita e a torre reveja seus conceitos sobre amor e vida. A pena servirá de lição a todos.

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.” (Nelson Mandela)

Sebastião Ramos
funcionário público federal na UFC
sebastianramos7@gmail.com

Fonte: Revista Central

Ps: Era o tipo de matéria que eu queria ver escrito pelo Sebastião. Parabéns.
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Mensagem por Carminha Qui Fev 03, 2011 12:12 pm

Realmente, um ótimo texto. Bastante esclarecedor para aqueles que defendem o direito de escolher tratamento médico baseado na liberdade de crença. As pessoas de fora, principalmente os médicos e autoridades, tem que ser esclarecidos de que as TJs, não tomam essa decisão "conscientemente", mas que são ardilosa e cuidadosamente, induzidas a isso.
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Mensagem por erreve Ter Fev 08, 2011 7:50 pm

Carminha escreveu:Realmente, um ótimo texto. Bastante esclarecedor para aqueles que defendem o direito de escolher tratamento médico baseado na liberdade de crença. As pessoas de fora, principalmente os médicos e autoridades, tem que ser esclarecidos de que as TJs, não tomam essa decisão "conscientemente", mas que são ardilosa e cuidadosamente, induzidas a isso.
A menos que haja uma violação frontal das liberdades individuais básicas do ser humano e enquanto, nesta República, forem garantidos os direitos da Declaração Universal da ONU não vejo como esta situação possa ser revertida.

Há a indução por parte da Organização para que as Testemunhas de Jeová evitem transfusões de sangue? Há! E quem viveu lá dentro sabe muito bem disso. Entretanto, em minha opinião, quando um indivíduo adulto e responsável se posiciona em relação a este assunto dizendo que o faz por livre e espontânea vontade, ninguém tem autoridade para dizer que ele não sabe o que está dizendo, nem sabe o que é melhor para ele. Quem o faz, viola um direito básico da pessoa humana.

Minha pergunta é: tem o Estado ou qualquer pessoa/Instituição o direito de dizer que um indivíduo que se nega a tomar uma transfusão e que afirma que o faz por sua livre e espontânea vontade negar-lhe esse direito sob a alegação de que ele não sabe o que está dizendo e que o Estado sabe melhor do que ele o que é bom para si próprio?

Até prova em contrário eu acho que não!

Ai de nós quando chegar o dia em que o Estado assumir nossa tutela definindo em nosso lugar o que é melhor para nós próprios -- o que devemos ler, o que devemos ver, o que devemos ouvir e em que devemos acreditar. Isso já aconteceu inúmeras vezes no passado e, até onde é do meu conhecimento, em nenhuma delas teve um final feliz.
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Mensagem por Carminha Qua Fev 09, 2011 1:16 pm

Erreve, algumas tribos indígenas enterram vivas suas crianças deficientes(acreditando ser uma maldição dos deuses).
Eu li que há uma dificuldade de intervenção nessas aldeias, porque estão protegidas pelo direito de preservação a cultura e liberdade de crença.
Lembra dos casos de suicídios em massa, por grupos pertencentes a seitas suicidas?
Todos adultos, "exercendo seu direito de escolherem o que julgavam melhor pra eles".
No caso da religião, quando envolve integridade física e a preservação da vida, eu acho legítima uma intervenção.
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Mensagem por erreve Qua Fev 09, 2011 9:05 pm

Prezada Carminha,

Tudo bem? Smile

Há, em minha opinião, alguns pontos a considerar nessa questão. Minha maior preocupação é se dar ao Estado a tutela das pessoas. Hoje ele proíbe uma religião para que seus cidadãos não entrem em depressão porque foram dela expulsas e/ou morram por não receber uma transfusão. Amanhã, ele proíbe a literatura e a música clássica europeia por conter o germe do pensamento burguês. Isso, que já aconteceu num passado não muito distante, me assusta mais do que qualquer outra coisa. O que vem a seguir é um mero exercício intelectual. Very Happy

Antes de entrar nos seus exemplos, algumas considerações:

Me referi a adultos responsáveis decidir o que eles acham ser melhor para si mesmos. Quando essa decisão afeta o direito à vida de outras pessoas, como por exemplo, as crianças, não se pode dizer que a situação é a mesma.

Trazendo esta situação para as TJs, eu acredito que uma TJ adulta que afirma que prefere morrer a tomar uma transfusão de sangue, está, em minha opinião, exercendo seu pleno direito de decidir sobre sua vida. E se essa decisão, ela afirma, que se baseia em suas crenças pessoais, aí envolve a liberdade de adoração dessa pessoa e forçá-la contrário ao que ela crer é violar um direito humano básico (em minha opinião, é claro!).

O cenário é totalmente diferente quando um pai, mãe ou responsável TJ de uma criança decide sobre a vida dessa criança com base em suas (do pai, da mãe ou do responsável) crenças pessoais. Este é um terreno mais nebuloso e um solo mais movediço.

Minha opinião sobre esta última situação é que é uma distorção do direito à liberdade de adoração, por que o afetado não é a própria pessoa, mas outra que, esta sim, não tem condições mentais e emocionais para tomar uma decisão deste jaez. E apenas neste caso, sem me preocupar muito com o que dizem os legisladores, minha opinião é que cabe ao Estado proteger a criança indefesa decidindo por ela, o que é melhor, na concepção do legislador que, por ser falha e imperfeita, nem sempre será de fato o melhor.

Aplicando o meu raciocínio aos exemplos citados.

No primeiro caso, o dos índios. Até há bem pouco tempo (não sei se ainda é válido), os índios não podiam ser indiciados criminalmente porque, dizia a lei, eram como crianças. Sendo assim, o Estado não interfere porque é hipócrita e não quer. Não quer, porque não é politicamente vantajoso ou lucrativo aborrecer e contrariar os índios hoje em dia.

Mas vamos supor que essa lei (índio =criança) não mais se aplique. Ainda assim, em minha opinião é dever do Estado intervir, porque a vida que está sendo tirada, não é a do índio adulto que voluntariamente a entrega, mas a de um segundo, de uma criança indefesa e sem maturidade para tomar essa decisão. Conclusão, novametne, o Estado não interfere por que é hipócrita e prefere se preocupar com que amigo/parente, mulher/filho ou amante vai contratar o que epor quanto.

Quanto aos suicídios em massa que ocorreram na história moderna por fanatismo religioso, até onde é do meu conhecimento -- por favor me corrija se eu estiver errado -- se não foram impedidos, não foi porque as autoridades tivessem se refreado de evitá-los por respeito às convicções religiosas dos suicidas, mas por que elas, as autoridades, chegaram tarde demais para impedir.

Mesmo assim, em minha opinião, os adultos tinham o direito de se suicidar se isso era o que eles achavam ser o melhor para eles. Agora, as crianças que eles obrigaram a beber o veneno, tinham que ser protegidas pelos representantes do Estado.

Mas sei que a maioria não pensa como eu. A maioria acha que não se deve permitir que uma pessoa se suicide. Concordo, se a pessoa tem um sério problema emocional, mas se ela é sadia e acredita mesmo que o suicídio é o melhor para ela, eu acho que ninguém tem o direito de intervir, quer o suicídio seja por motivo de convicção religiosa ou não.

Por esta razão sou totalmente a favor de se legalizar a eutanásia consentida.
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Mensagem por Carminha Qui Fev 10, 2011 9:30 am

Oi Erreve Smile

No caso das TJs, eu também não concordo, claro, com a proibição da religião em si. Mas com a intervenção em situações que põem em risco a integridade e a vida.
Ainda no caso de "adultos conscientes", fico pensando que qualquer um de nós extjs, poderíamos ter sofrido as consequências de recusar uma transfusão de sangue. E não ter tido a oportunidade de esclarecimento que temos hoje.
Se tivesse ocorrido comigo, hoje eu agradeceria muitíssimo, seja lá a quem fosse, que tivesse me impedido de agir segundo minha consciência. Very Happy
Mas eu entendo sua preocupação. Porque esse tipo de intervenção pelo Estado, mesmo nesses casos extremos, poderia abrir precedentes que poriam em risco a liberdade individual.
Também concordo que no caso dos índios, é pura negligência do Estado.
No caso das seitas suicidas, minha comparação talvez não seja razoável,mas... há muita diferença entre recusar um procedimento médico salva sua vida e um suicídio anunciado?
O que eu estou querendo dizer é, se é permitido morrer por não aceitar determinado procedimento médico em nome da liberdade de crença, poderia o Estado impedir um suicídio anunciado, se fosse o caso das tais seitas?
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Mensagem por erreve Qui Fev 10, 2011 12:05 pm

Prezada Carminha,

Tudo bem? Smile

Você tem razão em seu argumento. Hoje você teria gostado que alguém lhe impedisse no passado de tomar uma decisão que prejudicaria sua vida, mas e naquele momento, no passado? Como você se sentiria? Sei que foi uma ilustração, mas suponhamos que tivessee ocorrido, não se sentiria, então, violada em seus direitos mais fundamentais?

Como poderá se sentir uma TJ adulta, responsável e consciente, que foi forçada a tomar uma transfusão, contrariando suas mais profundas e mais íntimas crenças? Se ela sobreviver ao processo, pode ser que no futuro venha a descobrir que fez o certo, mas até lá, como ela se sentirá? Acredito com convicção que mais cedo ou mais tarde este episódio da transfusão de sangue fará parte da história das TJs a ser varrida para debaixo do tapete (se vão conseguir é outra história) como o foi, durante muito tempo, a questão das vacinas.

Este argumento de em algum momento, no futuro, nós virmos o benefício em termos sido impedidos de fazer algo que nos seria prejudicial, em minha opinião ainda tem um outro aspecto importante. É perigoso. Ele pode ser usado até para justificar a truculência que aconteceu, por exemplo, em Malaui, na década de 1970. O Terror praticado pelo Estado para "obrigar", pelo medo, seus cidadãos a fazerem o que ele, o Estado, entendia ser o "melhor" (Melhor para quem? Isso que responda o pessoal da direita e da esquerda radicais, que estão mais acostumados a lançar mão deste recurso).

Para os que foram massacrados, teria sido melhor que o medo os tivesse salvo, já que, pelo que hoje temos conhecimento, a liderança das Testemunhas de Jeová não leva tão a sério como seus seguidores, os conselhos que eles próprios (os líderes, o CG) dão (serviço militar no México e prestar o Juramento de lealdade aos EUA para tirar passaportes, são os exemplos mais marcantes e lembrados). Mas as TJs malauianas (ou será malauienses?), sem conhcer o que se passava em Brooklyn, teriam condições de raciocinar dessa maneira, lá, em 1970?

E mesmo hoje, alguém que de outra forma estaria disposto a morrer pelo que acredita, pode se definir quanto ao que fará se confrontado com esta situação extrema, pensando dessa maneira? Eu acho, que não, porque só encara a morte de frente quem, no momento, está perfeita e totalmente convencido de que esta é solução para o confronto final.

Além disso, a liberdade que temos até o momento para escrever e dizer o que pensamos se deve a milhares (talvez, até, milhões) que morreram pelo que acreditaram. Um exemplo que me ocorre no momento é Thomas Moore que, defendendo o conceito da Igreja Católica quanto ao divórcio, acabou decapitado por discordar do Rei Henrique VIII, que desejava sua aprovação para se divorciar da Rainha Catarina e casar-se com Ana Bolena. Um exemplo clássico de um grande gênio da humanidade que morreu por suas convicções, embora estas estivessem erradas em relação à própria base sobre a qual ele sustentou sua decisão, que foi a Bíblia.

Este é um assunto muito complicado...Sad
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Mensagem por Regis Medina Seg Fev 14, 2011 4:23 am

Sei que é muito perigoso o estado intervir nas decisões pessoais de um adulto, mesmo ele tendo sido levado a pensar da forma como sua organização religiosa planejou.
Acho que o estado deveria pelo menos zelar pelos direitos humanos ao investigar quais organizações usam de métodos de controle da mente, divulgam informações falsas ou distorcidas que colocam em risco a vida de muitos. Ou seja fiscalizar organizações que usam e abusam de técnicas para induzir pessoas a tomarem decisões absurdas em situações criticas.
Não falo em intervir na decisão pessoal, mas de cobrar responsabilidade das informações que uma organização apresenta a seus membros. Não as de cunho teológico, mas as ditas científicas que aparentam dar respaldado a sua teologia. Verificar de perto o verdadeiro papel e atuação da COLIH e não seu discurso para inglês ver seria um bom começo, assim como a literatura TJ.
Algo assim, embora longe da realidade, traria as TJs um pouco mais de luz sobre a questão do sangue.
Pelo que sei autoridades ainda não bateram de frente com o que as TJs falam e ensinam sobre o sangue.
Para mim é questão de saúde pública.
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