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Transhumanismo Através da Singularidade Tecnológica

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Mensagem por Johannes Dom Jun 23, 2013 1:35 pm

O transhumanismo através da singularidade tecnológica parece estar mais perto do que nunca.

O transhumanismo é uma etapa evolutiva logo após o homo sapiens, onde nossos descendentes não irão mais se identificar como sendo estritamente humanos, da mesma forma que não nos consideramos (e realmente não somos) simples macacos. Basicamente o transhumanismo tem como princípio filosófico oque Nietzsche chamou de Übermensch (além-do-homem) quando escreveu que "o homem é uma ponte e não um fim".

O interessante é que essa evolução será única nessa parte do universo conhecido, porque não será uma evolução natural mas sim planejada. E mais estranho ainda, não será planejada diretamente por humanos, mas por uma inteligência artificial.

Tudo começou como um estranho experimento mental de matemática (no século 18, se não me engano), onde uma função exponencial atingiria um ponto onde tenderia ao infinito em um curto espaço de reta (o infinito em apenas um ponto). Até então, como quase 80% da matemática, isso era apenas uma curiosidade "artística". Até que no século 20, Hawking resolveu levar algumas predições da teoria da relatividade, de Einstein, ao extremo e  deduziu que a teoria levava a uma estranha anomalia do espaço-tempo, chamada de buraco negro, que é uma singularidade do espaço-tempo. Pela primeira vez se pode usar a, até então, curiosidade matemática da singularidade. De quebra também se deduziu que o próprio universo teria tido seu começo como uma singularidade física.

Mas as aplicações não pararam por aí. Em 1965, Gordon Moore percebeu um estranho padrão na evolução de fabricação de circuitos integrados. Ele notou que a cada 2 anos, a capacidade de processamento deles dobrava, oque ficou conhecido como a Lei de Moore. Esse padrão era até então inédito em toda história conhecida, tanto no mundo natural quanto no desenvolvimento tecnológico. Nada possui uma taxa de evolução tão alta quanto os microprocessadores, nem mesmo a explosão de vida no Cambriano se compara a tal fenômeno. 

Em 1971, foi fabricado o primeiro microprocessador de caráter comercial, o 4004, que possuía cerca de 2300 transistores (o primeiro transistor funcional data de 1925, e era do tamanho de um tijolo), em um espaço de mais ou menos metade de uma unha.  

Quando eu nasci, em 1982, o microprocessador 80286 tinha em torno de 134.000 transistores (um transistor é análogo a um neurônio ou sinapse). O microprocessador mais avançado hoje em dia, foi lançado no final de 2012, o Virtex-7 2000T FPGA da Xilinx possui 6,8 bilhões de transistores!


O cérebro humano possui a estimativa de fazer 10 quadrilhões (10 elevado na 16 ou 10^16) de cálculos por segundo (CPS), e o último microprocessador possui a capacidade de 10 trilhões (10^14) de CPS. A estimativa segundo a lei de moore, é de que até 2020, os microprocessadores (MP) alcancem a mesma capacidade do cérebro humano.


Mas existe uma fantástica possibilidade de que já exista um novo paradigma de processamento de dados que já extrapolaria a Lei de Moore. Os chamados computadores quânticos já são realidade conforme a empresa D-Wave. Até então existia muito ceticismo se os processadores da D-Wave funcionavam mesmo como computadores quânticos, mas como o lançamento do D-Wave Vesuvius, a NASA e o Google resolveram comprar (em maio de 2013) o computador para investigar se ele realmente é um computador quântico. Se for, avanços fantásticos estão por vir no futuro imediato.





A lei de moore está sendo mantida graças ao fato de que para se construir um novo MP, se conta com a ajuda do MP atual, ou seja, os próprios MP já estão sendo usados para quebrar seus próprios paradigmas. Hoje em dia praticamente todas as áreas do conhecimento humano funcionam e são aprimoradas através de ajuda computacional (computer aid, CA). Assim que os MP atingirem a mesma capacidade do cérebro humano, não se precisará mais da intervenção humana para o aprimoramento dos MP's e da transcrição de códigos-fonte. Os MP's passarão da comunicação através da linguagem de código (programação tradicional) para a linguagem natural. Isso já está acontecendo com o IBM Watson que venceu os humanos no Jeopardy em fevereiro desse ano. E praticamente todos os campos do conhecimento humano estão apontando para uma singularidade:



A partir desse ponto, a comunicação com os computadores não será mais através de linguagens de programação, mas sim através de linguagem natural, literalmente se conversará com o computador como se conversa com um ser humano. Então se pedirá para que o computador resolva problemas apenas expondo os próprios para ele, e o computador em si que escreverá um código de programação para se atingir a solução de dado problema. 

O problema mais simples que o primeiro MP que atingir a linguagem natural será de simplesmente pedir a ele para que ele construa um MP mais avançado que ele mesmo, e para o MP mais avançado irá se repetir o processo e assim por diante. Isso resultará numa elevação absurda na inteligência, a inteligência dos MP's irá tender ao infinito nesse processo. 

Nesse meio tempo, a tecnologia terá solucionado os problemas mais fundamentais da humanidade, como todas as doenças conhecidas, inclusive a velhice e a morte clínica.

Isso possivelemente acontecerá com o avanço da nanorobótica, onde nanorobôs irão agir no nosso nível celular e genético.

E isso será feito de forma muito natural, qualquer um vai pode imprimir esses nanorobôs em sua própria casa, tão fácil quanto imprimir uma figura em uma folha de papel.

Cada pessoa poderá começar com uma impressora 3D rudimentar feita em casa mesmo com restos de video K7, como essa:





Então se pedirá para o computador para ele fazer uma impressora 3d mais avançada usando a impressora rudimentar para fabricar novas peças, até que se chegue nesse conceito de impressora 3D:



Que poderá então imprimir nanobots como esse:






Alguns nanobots irão reparar doenças genéticas, outros irão aumentar nossas funções cognitivas por melhorar nossas redes sinápticas, outros irão aderir na nossa retina, enviando imagens de realidade aumentada, etc... 

Já estamos com nanotecnologia rudimentar em caráter comercial como isso aqui:



É dessa forma que iremos nos fundir com a tecnologia em um primeiro estágio, sem cirurgias e procedimentos dolorosos como implantes de chips no cérebro e tal. Iremos nos fundir com a tecnologia através de nanobots que iremos imprimir em nossas casas e iremos implantar eles em nossos corpos por tomar eles com um copo d'água ou chá. Nos últimos meses essa tecnologia de impressão 3D assustou os EUA com a impressão de armas e por isso tiveram de fazer uma legislação as pressas para conter tal tecnologia. Na verdade, os governos do mundo todo se assustaram feio!

http://www1.folha.uol.com.br/tec/2013/05/1276944-arma-feita-em-impressora-3d-gera-polemica-no-brasil-construi-la-pode-dar-cadeia.shtml

Em um próximo estágio irá existir uma tensão muito grande entre puritanos fundamentalistas que se recusarão a aceitar a tecnologia (religiosos conservadores fanáticos em geral) e os já transhumanos.

Possivelmente então os transhumanos irão fundir por definitivo a biologia (carbono) e a tecnologia (silício) e se transferir para um novo subtrato (como ondas gravitacionais, por exemplo) e talvez deixarão o planeta e irão viver no espaço ou fora dele, no hiper-espaço onde possivelmente irão encontrar outras singularidades de outras partes do universo ou universos.

Relembrando, isso não é ficção científica. É uma resultante matemática.

Algo muito interessante se aproxima!



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Johannes
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