Ministério de casa em casa

Observando as TJ pregando neste último domingo, perto de onde moro, notei como está a mente delas sobre a importância do ministério e a urgência da obra.
Um quarteirão acima de onde moro, apareceram várias delas, entre homens, mulheres e crianças, alguns dos quais conheço, inclusive anciãos. Parece que haviam aberto a porteira. Elas vieram em bando, pararam na esquina, todas elas, e começaram a conversar entre si. Isso era por volta das 10:15 da manhã.
Fiquei observando, e elas foram se dispersar às 10:50. Conversavam alto, riam alto, as crianças correndo pela rua. Daí não bateram mais em nenhuma casa e foram embora.

A maioria delas vêem hoje o ministério de casa em casa como uma obra massante, sem objetivo e enfadonha. Quando alguém abre a porta, elas apenas entregam um tratado ou uma revista e saiem rapido daquela casa.

Também tenho esta impressão Altair. Mesmo desde que eu ainda era TJ já notava que o campo era pouco apreciado pelos membros da cong. em geral. Até anciãos não andavam nada dispostos e preferiam matar o tempo com fofocas e bate papos sobre outros assuntos.
Como eu era pioneiro numa época em que a carga de horas era mais pesada, tive de muitas vezes sair sozinho no campo, pois ninguém mais compareceu. Atualmente, quando vejo TJs no campo, são poucas duplas ou indivíduos esparsos.
Parece que a Watchtower não mais consegue estimular o campo nem para cumprir a obrigação mensal.

Pois é caro amigo. Na época em que tbm era pioneiro regular e tinha que fazer 90h por mês, havia um apoio muito bom no minitério. O trabalho era realizado com mais vigor e afinco, com alegria. Hoje vejo as TJ pregando tanto durante a semana, quanto no fim de semana e não noto essa mesma alegria de antigamente. Eles batem numa casa e principalmente quando ficam sabendo que ali não tem ninguém, elas permanecem naquela casa um bom tempo, conversando, brincando com as crianças, até mesmo sentados. Depois de um bom tempo, saem daquela casa e partem para a outra, acredito eu torcendo para não ter ninguém tbm. Muitos dos que estão se achegando agora, estão mal preparados para o ministério. Dias desse atendi um em casa, ele não sabia que eu era dissociado, e notei a falta de preparação, treinamento e argumento. Fiz perguntas simples, e fiquei "Sem resposta".

O interessante é que hoje, mais ou menos no mesmo horário (cerca de 09:30 h), aconteceu aqui, na esquina da minha casa, exatamente a mesma cena descrita anteriormente.

Isto está acontecendo em todos os lugares!
Existem poucos pioneiros em minha região, mas notei que os que saem uma hora antes do arranjo, ficam fazendo 'cerão', ficam andando para lá e para cá, não param para falar nem com quem está alí passando, isto é, não cumprem o esperado pela organização de se falar com trauseuntes, já fiquei observando pares por diversas vezes e no máximo entregam um folheto. Eu acho que a maioria está evitando falar com as pessoas para evitar confronto e debate, as pessoas de hoje estão mais informadas.
Os grupos que saem dos arranjos estão minguados, fracos, e ficam no serviço por no máximo uma hora, e olha lá, ficam de olho no relógio.
A produtividade das TJ se restringem ao seu próprio circulo, os batizando desse último congresso foram bem menos de 1% e fiquei sabendo que muitos eram crianças, provavelmente filhos dos já TJ.
essa religião aos poucos vai desaparecendo.

O trabalho de casa em casa, ou outra modalidade, se tornou um fardo para a maioria das TJ. A apatia é muito evidente. Estou dizendo a apatia das próprias TJ. Conforme o tempo vai passando, muitas vêem esse "trabalho" como uma carga muito pesada pra carregarem. Só estão saindo para realizar a pregação pq é uma OBRIGAÇÃO imposta pela Sociedade.

Se a marca registrada das TJs esta tão mau das pernas, que saúde real tem essa organização atualmente?
A Watchtower está agora dependendo cada vez mais dos lugares mais miseráveis da terra para crescer, assim como as piores igrejas evangélicas.

E o pior de tudo é que os poucos que estão estudando e se tornando TJ hoje, estão sendo poucos ou nada preparados para realizarem esta obra. Pelo menos é o que tenho notado. Na minha época, quando era PR e dirigia estudos bíblicos, fazia questão de preparar os novos para o ministério, seguindo a orientação da Torre. Pelo menos aqueles que "instruí" para serem TJ, realizavam um ministério mais sério e produtivo. Dava gosto de vê-los trabalhando no campo, algo que eu tbm gostava muito. Mas, e hoje? Imagino eu que até mesmo as saídas para o campo, são poucos instrutivas. Devem chegar já quase na hora de saírem, fazem uma oração, e cada um por si. Quam já foi pioneiro, como o Reginaldo, sabe muito bem que as coisas eram muito diferentes. As TJ sempre dizem que os 'tempos estão mudando', isso pode ser aplicado até mesmo nelas. Quanta mudança!!

O incentivo ao campo é constante e ainda mais com o Corpo Governante sabendo que não esta funcionando como antes e muito menos como queriam.
As mudanças que facilitaram a entrada de novas TJs, com certeza não eram do gosto do Corpo Governante que tanto escreveram que quanto mais perto do "fim" mais o trabalho de "aviso" se intensificaria só parando provavelmente na tribulação.
O relaxamento da carga é o oposto do que pregaram, mas um ajuste vital para a sobrevivência da organização. A cada afrouxada muitos velhinhos de Brooklim devem ter ficados amargurados em vista do que acreditavam i do que eles mesmos já tiveram de fazer até chegar lá.
Como escreveu Ray Franz: "vitimas de vitimas".