Dostoiévski
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Dostoiévski
"Acrescentarei, todavia, que sempre no fundo de todo pensamento humano, de cada pensamento de gênio ou mesmo de cada pensamento que emerge do cérebro como altíssima centelha, alguma coisa há que não pode ser comunicada aos outros, mesmo que fossem preciso volumes e mais volumes a respeito e que se levasse mais de trinta e cinco anos a querer explicar; alguma coisa que não sai do cérebro, que não pode emergir, que aí fica para sempre inata e incomunicável. Morre-se com ela, sem poder participá-la a quem quer que seja. E todavia bem pode ser que essa seja a idéia mais importante entre todas."
Ippolít, personagem do livro O Idiota de Dostoiévski.
O cara era um crédulo do cristianismo (e quem não era naquela época?), mas, meu Zeus, como eu me identifico com oque ele escreveu! Esse trecho é uma amostra!
Isso traduz bastante oque eu penso ultimamente, me sinto cada vez mais como se estivesse apenas repetindo oque já falei, ou que outros já falaram. Já tinha essa sensação em relação a assuntos da Torre, mas cada vez mais sinto isso avançando em outros campos da minha vida. E mesmo assim, fica essa "idéia-coisa" que é impossível de explanar, mas está sempre lá, dizendo que nem tudo ainda foi falado e/ou analisado, e impelindo a gente em ir adiante e não simplesmente desligar o cérebro (no sentido de usa-lo mesmo e não atravessar uma bala por ele! hehe).
Isso que Dostoiévski chamou de idéia, me parece ter um tipo de "vida própria" e não apenas uma idéia, pode muito bem ser também a popular "voz da consciência". A voz que parece vir de um clone nosso, um tipo de conversa/conflito consigo mesmo, o "Self". Talvez para pessoas mais simples, por falta de um maior aparato intelectual, isso seja "Deus", e com isso acabam realmente acreditando que "Ele" exista, mas nada mais do que um erro de rotulação.
E tudo parece complicar mesmo quando se chega no estágio em que se pensa que essa voz não vem mais do seu interior, e sim é uma voz externa! Então nasce mais um profeta! Hehe!
Ippolít, personagem do livro O Idiota de Dostoiévski.
O cara era um crédulo do cristianismo (e quem não era naquela época?), mas, meu Zeus, como eu me identifico com oque ele escreveu! Esse trecho é uma amostra!
Isso traduz bastante oque eu penso ultimamente, me sinto cada vez mais como se estivesse apenas repetindo oque já falei, ou que outros já falaram. Já tinha essa sensação em relação a assuntos da Torre, mas cada vez mais sinto isso avançando em outros campos da minha vida. E mesmo assim, fica essa "idéia-coisa" que é impossível de explanar, mas está sempre lá, dizendo que nem tudo ainda foi falado e/ou analisado, e impelindo a gente em ir adiante e não simplesmente desligar o cérebro (no sentido de usa-lo mesmo e não atravessar uma bala por ele! hehe).
Isso que Dostoiévski chamou de idéia, me parece ter um tipo de "vida própria" e não apenas uma idéia, pode muito bem ser também a popular "voz da consciência". A voz que parece vir de um clone nosso, um tipo de conversa/conflito consigo mesmo, o "Self". Talvez para pessoas mais simples, por falta de um maior aparato intelectual, isso seja "Deus", e com isso acabam realmente acreditando que "Ele" exista, mas nada mais do que um erro de rotulação.
E tudo parece complicar mesmo quando se chega no estágio em que se pensa que essa voz não vem mais do seu interior, e sim é uma voz externa! Então nasce mais um profeta! Hehe!
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