O Fim de Uma Era
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O Fim de Uma Era
Alguns posts têm sido abertos no JWn (Jehovah's Witnesses.net) por conta da morte do último sobrevivente do Corpo Governante original, John Barr, e na medida do possível vou trazê-los para cá. O post a seguir expressa bem o que nós, da velha guarda e que tivemos a força para deixar para a trás a Organização, pensamos. Eu, pelo menos, penso da maneira que o o Truthseeker se expressou . Achei esta, uma das mais importantes mensagens sobre o grande fracasso que mostrou ser a religião das Testemunhas de Jeová, que li nos últimos 10 anos.
Publicado em: http://www.jehovahs-witness.net/jw/friends/202903/1/End-of-an-era-The-original-members-of-the-Governing-Body-have-all-died Acesso em 12/12/10.
A notícia da morte do irmão Barr, membro do Corpo Governante marca o fim de uma era. Muitos dos membros do Corpo governante vieram dos dias do Presidente Rutherford. Eles viram a Sociedade crescer da sua infância ao grande império que é hoje.
Suas políticas e procedimentos afetaram as vidas de milhões de seus seguidores. Tão absoluta era sua certeza de que a organização fora escolhida por Jeová para sobreviver à vindoura Grande Tribulação e a guerra do Armagedom, que eles combateram violentamente qualquer oposição a suas falsas profecias.
Eles são os responsáveis pelas mortes de milhares de pessoas devido à sua política quanto ao sangue, sem contar o número desconhecido de pessoas que foram levadas ao suicídio ou outros atos de desespero por causa de suas doutrinas e políticas.
A despeito de quão aprovados eles possam ter sido, de quão “humildes” eles foram vistos ou de quão parecidos a avôs carinhosos eles foram em sua idade avançada, esses homens têm sangue em suas mãos.
Eles não viveram para ver a promessa de uma pacífico novo mundo que eles ensinaram a gerações de seus seguidores. Suas esperanças e seus sonhos morreram com eles.
Tudo que restou de seu uma vez poderoso império, a Sociedade do Novo Mundo, é um legado de promessas não cumpridas.
Agora velha guarda se foi , restaram apenas sete membros, nenhum dos quais viveu durante os turbulentos anos Rutherford.
Conforme a Wikipédia (em inglês), os atuais membros do Corpo Governante são:em dezembro de 2010, as seguintes pessoas são membros do Corpo Governante das Testemunhas de Jeová (ano da designação entre parêntesis):
- Samuel F. Herd (1999)
- Geoffrey Jackson (2005)
- M. Stephen left (1999)
- Gerrit Lösch (1994)
- Anthony Morris (2005)
- Guy H. Pierce (1999)
- David H. Splane (1999)
Postado por: Truthseeker em 06/12/10.
Re: O Fim de Uma Era
Muito claro isso mesmo Erreve. Mas acredito que infelizmente não morreu totalmente com eles, pois eles se prepararam há algum tempo atrás para deixar uma herança desta mudança de geração.
Primeiramente a mudança do antigo entendimento acerca de 1936 da selagem celestial e a nova explicação para "geração" ser um período de classe de ungidos sobrepostos (!), mesmo sendo a desculpa mais idiota do universo para tudo que falaram de "geração", isso deu mais tempo para a Torre de Vigia e seu míope rebanho.
É com certeza o fim de uma era, mas deixaram a ignorância por herança.
Primeiramente a mudança do antigo entendimento acerca de 1936 da selagem celestial e a nova explicação para "geração" ser um período de classe de ungidos sobrepostos (!), mesmo sendo a desculpa mais idiota do universo para tudo que falaram de "geração", isso deu mais tempo para a Torre de Vigia e seu míope rebanho.
É com certeza o fim de uma era, mas deixaram a ignorância por herança.
Re: O Fim de Uma Era
Reginaldo, eu acho que o cenário hoje é muito diferente da época dos primeiros "ungidos".Regis Medina escreveu:Muito claro isso mesmo Erreve. Mas acredito que infelizmente não morreu totalmente com eles, pois eles se prepararam há algum tempo atrás para deixar uma herança desta mudança de geração.
...
É com certeza o fim de uma era, mas deixaram a ignorância por herança.
A questão principal é em que se baseia a credibilidade do atual Corpo Governante?
Há essas mudanças que você citou, de fato, mas elas são apenas uma consequência óbvia do esforço da liderança das TJs em manter sua autoridade no mesmo nível dos antigos líderes, já que lhes parecia óbvio que tudo que fora dito anteriormente estava errado.
O grande responsável pelo, vamos dizer assim, "renascimento da adoração verdadeira" sempre foi apontado como sendo o Pastor Russell. Até bem recentemente, todos os homens que sucederam Russell na liderança da religião foram companheiros íntimos de Russell, e apelavam para tal associação como base de sua autoridade. Isso lhes dava, aos olhos das demais Testemunhas, autoridade e credibilidade, como defensores do legado de Russell que nenhuma outra Testemunha mais nova possuía.
No entanto, desde o golpe do Rutherford, os muitos ungidos contemporâneos de Russell que ainda viviam e que se achavam como possuídores do mesmo legado, se opunham aos usurpadores e lhes negavam tal autoridade. Afinal eles também tinham conhecido o Pastor Russell, trabalharam com Russelll e alguns até foram "ungidos" Servos de Congregação pelo próprio Russell. Mas eles eram uns poucos milhares e as Testemunhas, agora lideradas por Rutherford estavam crescendo a um ponto que a voz desse antigos "ungidos" era muito fraca. Tal fato, aliado à maciça propaganda difamatória deles, promovida por Rutherford e seus apoiadores, e às dificuldades óbvias da época para a divulgação de sua oposição junto aos que não os conheciam, tornava praticamente impossível que se fizessem ouvir.
Aos poucos, esta geração de "ungidos" contemporâneos de Russel foi desaparecendo e sua voz cada vez mais abafada, à medida em que a Organização crescia e se expandia. O mesmo estava acontecendo entre a liderança das Testemunhas de Jeová que continuavam precisando da imagem de continuadores da obra de Russell como base para sua autoridade.
Para concedê-la (autoridade) àqueles "ungidos" mais 'novos', isto é, os que se tornaram "ungidos" dentro do período autorizado, antes de 1935, mas que não tiveram a oportunidade de conhecer Russell (que morrera em 1916) e que estavam assumindo os postos deixados vagos pelos mais antigos que morriam, criou-se, em cima do relato bíblico de Elias e de Eliseu, uma doutrina especial em que se dizia haver "duas classes" de "ungidos", os primeiros "ungidos", contemporâneos de Russel e que com ele criaram a Watchtower, classe semelhante a Elias, e uma "nova classe de 'ungidos'", semelhante a Eliseu, os "ungidos" que não trabalharam com Russell, que foram e estariam sendo treinados pela "classe" de Elias.
Isso como que passou o legado de Russell àqueles 'novos' "ungidos". Principalmente quando essa autoridade era sustentada pela doutrina de 1935, ano em que se afirmava que fora "encerrada " a chamada celestial.
Bem, mesmo os "ungidos" anteriores a 1935 foram envelhecendo, morrendo e suas expectativas e promessas não foram sendo cumpridas. Algo precisava ser feito ou a religião acabaria extinguindo-se por si própria. Começa aí o processo que você cita e que precipitou a saída de muitos da religião, eu inclusive...
Apesar das "novas luzes" que apagaram todas as "luzes" anteriores, não me lembro de, com relação aos atuais"ungidos" que lideram as massas da religião, ter lido nada semelhante à doutrina das classes de Elias e de Eliseu. Certamente algo será "pensado" de modo a manter a autoridade de herdeiros da "verdade" de Russell na mão da atual liderança das TJs. Só que, com a abertura da porteira de 1935, hoje tem muita gente se dizendo "ungida" e pensando "por que eles e não eu?", como pensavam os antigos "ungidos" Russellitas. Enquanto a porteira do "pequeno rebanho" estiver aberta a tendência desses é aumentar e, consequentemente, aumentar na mesma proporção os questionamentos à autoridade do atual CG. Certamente eles precisam pensar em algo rápido.
Mas o que quer que venha a ser criado simplesmente não vai dar continuidade à Era que terminou com Barr, uma das últimas testemunhas oculares, senão a última, do nascimento das Testemunhas de Jeová.
Re: O Fim de Uma Era
Erreve obrigado por fazer a citação correta da data para a antiga doutrina das "portas celestiais fechadas" que é para o ano de 1935 e não 1936 que grudou em minha mente.
É interessante lembrar que Russell foi o "escravo fiel e discreto" em sua época e não uma classe como depois foi ensinado. Eu tenho a impressão pessoal de que Rutherford foi mais importante do que Russell, por ter sido com ele que surgiram as TJs realmente e que muitos deixaram aquele grupo original de Russell por conta de Rutherford e suas mudanças.
Para mim Russell foi rapidamente "isolado" após sua morte.
Rutherford não tinha o carisma de Russell, mas a cara da organização como está, foi moldada pela sua truculência, Russell ficou apenas como a figura que iniciou, mas que se evita falar de seus escritos e forma de pensar.
Depois de Rutherford houve novamente presidentes carismáticos para as TJs, mas vejo mais identificação desses presidentes posteriores com Rutherford do que com Russell. Até mesmo nas questões das inúmeras tipificações de classes que povoavam as revistas e estudos tem mais influencia do período pós Russell.
As TJs de hoje tem a cara de Rutherford, não de Russell e nenhum presidente tentou aliviar o estilo mão de ferro de Rutherford.
De qualquer forma também acho que o que sobrou da antiga "magia" já era.
As tentativas de mudanças como mencionou só expõem o atual desespero de tampar buracos. As TJs entraram já a algum tempo numa era de simplificações, onde o próprio CG parece achar que é melhor as TJs saberem bem menos do que as TJs dos anos anteriores a 70/80. A herança deixada por essa geração da antiga liderança é mais do que a ignorância, é sobretudo uma bomba para os novos lideres reouverem. Quando uma casa é construída errada, a reforma é mais difícil que construir do zero.
Sobrou para o Corpo Governante das TJs de hoje, irem aos poucos botando a baixo, diante de todos, as coisas que antes se diziam perfeitamente construídas. É constrangedor e perdem a autoridade que tiveram seus antecessores.
Já puxei minha cadeira, não para curtir o fim das TJs (que para mim não acontecerá), mas para ver rebolarem para sair das contradições que o próprio tempo impõem.
É interessante lembrar que Russell foi o "escravo fiel e discreto" em sua época e não uma classe como depois foi ensinado. Eu tenho a impressão pessoal de que Rutherford foi mais importante do que Russell, por ter sido com ele que surgiram as TJs realmente e que muitos deixaram aquele grupo original de Russell por conta de Rutherford e suas mudanças.
Para mim Russell foi rapidamente "isolado" após sua morte.
Rutherford não tinha o carisma de Russell, mas a cara da organização como está, foi moldada pela sua truculência, Russell ficou apenas como a figura que iniciou, mas que se evita falar de seus escritos e forma de pensar.
Depois de Rutherford houve novamente presidentes carismáticos para as TJs, mas vejo mais identificação desses presidentes posteriores com Rutherford do que com Russell. Até mesmo nas questões das inúmeras tipificações de classes que povoavam as revistas e estudos tem mais influencia do período pós Russell.
As TJs de hoje tem a cara de Rutherford, não de Russell e nenhum presidente tentou aliviar o estilo mão de ferro de Rutherford.
De qualquer forma também acho que o que sobrou da antiga "magia" já era.
As tentativas de mudanças como mencionou só expõem o atual desespero de tampar buracos. As TJs entraram já a algum tempo numa era de simplificações, onde o próprio CG parece achar que é melhor as TJs saberem bem menos do que as TJs dos anos anteriores a 70/80. A herança deixada por essa geração da antiga liderança é mais do que a ignorância, é sobretudo uma bomba para os novos lideres reouverem. Quando uma casa é construída errada, a reforma é mais difícil que construir do zero.
Sobrou para o Corpo Governante das TJs de hoje, irem aos poucos botando a baixo, diante de todos, as coisas que antes se diziam perfeitamente construídas. É constrangedor e perdem a autoridade que tiveram seus antecessores.
Já puxei minha cadeira, não para curtir o fim das TJs (que para mim não acontecerá), mas para ver rebolarem para sair das contradições que o próprio tempo impõem.
Re: O Fim de Uma Era
Desculpe, Reginaldo, não houve intenção de corrigir. Eu não prestei atenção no detalhe que você fala aqui.Regis Medina escreveu:Erreve obrigado por fazer a citação correta da data para a antiga doutrina das "portas celestiais fechadas" que é para o ano de 1935 e não 1936 que grudou em minha mente.
Exatamente, acredito que teremos muita diversão à frente, mesmo porque até onde eu sei, falta ao atual CG homens com a inteligência e com o gabarito de um Raymond ou mesmo, de um Fred Franz, por exemplo. Sem eruditos em idiomas bíblicos e com o volume de "novas luzes" que terão de produzir, eles vão ter que rebolar bastante para gerar algo pouco mais do que ridículo.Regis Medina escreveu:Já puxei minha cadeira, não para curtir o fim das TJs (que para mim não acontecerá), mas para ver rebolarem para sair das contradições que o próprio tempo impõem.
Re: O Fim de Uma Era
Tranquilo Erreve, eu estava faz tempo com 36 na cabeça e foi bom eu ter reparado na data correta é muito melhor consertar agora que fazer uma citação errada para uma TJ.
Raymond Franz cantou a bola ao escrever no Crise de Consciência, sobre as dificuldades que o CG já tinha na época dele de lidar com a questão do termo "geração", chegando a discutirem a possibilidade de jogarem "geração" para 1957 com "os sinais do céu" ao se lançar o Sputinik. A piada já começava ali.
Eu nunca entendi direito o sentido da explicação de "geração" dada em 1995, eu era TJ ainda e senti uma confusão danada.
A reabertura das portas celestiais é bem engraçado, mas nada se compara a "explicação" de "geração" ser de grupos de ungidos sobrepostos.
Essa deve estar doendo em toda TJ com mais de 20 anos de batismo e virando úlcera nos de 30 para mais.
Que testemunha de Jeová tem coragem de dar uma explicação tão estapafúrdia dessas em sã consciência?
Raymond Franz cantou a bola ao escrever no Crise de Consciência, sobre as dificuldades que o CG já tinha na época dele de lidar com a questão do termo "geração", chegando a discutirem a possibilidade de jogarem "geração" para 1957 com "os sinais do céu" ao se lançar o Sputinik. A piada já começava ali.
Eu nunca entendi direito o sentido da explicação de "geração" dada em 1995, eu era TJ ainda e senti uma confusão danada.
A reabertura das portas celestiais é bem engraçado, mas nada se compara a "explicação" de "geração" ser de grupos de ungidos sobrepostos.
Essa deve estar doendo em toda TJ com mais de 20 anos de batismo e virando úlcera nos de 30 para mais.
Que testemunha de Jeová tem coragem de dar uma explicação tão estapafúrdia dessas em sã consciência?
Re: O Fim de Uma Era
erreve escreveu:
Exatamente, acredito que teremos muita diversão à frente, mesmo porque até onde eu sei, falta ao atual CG homens com a inteligência e com o gabarito de um Raymond ou mesmo, de um Fred Franz, por exemplo. Sem eruditos em idiomas bíblicos e com o volume de "novas luzes" que terão de produzir, eles vão ter que rebolar bastante para gerar algo pouco mais do que ridículo.
Perfeito! Não existe nenhum membro do CG atualmente que se destaque por inteligência, carisma ou liderança. vai ser muito divertido acompanhar esse RPG daqui em diante. Eu penso que a Torre irá se deformar completamente com essa nova era do CG (sem os da velha guarda).
Não sei se existe grupo religioso no mundo com uma situação parecida com as TJ's, embora todos os grupos religiosos estão em crise. Até o pentecostalismo brasileiro me parece que já atingiu seu ápice, e agora é ladeira abaixo.
Mas penso que o cristianismo ainda vai se transformar mais em alguma coisa, e depois disso é seu fim completo, será sepultado para sempre como uma antiga mitologia, ao lado dos deuses gregos e nórdicos.
Meu palpite para a última mutação do cristianismo seja uma amálgama de new age com ufologia e misticismo barato.
Johannes- Mensagens : 380
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Re: O Fim de Uma Era
Já existem grupos que já fazem muitas misturas em suas crenças. Talvez tentar criar mais mistérios seja importante para esses se manter com fé, visto que mistérios estão sempre sendo destruídos.
Mas penso que alguns aprenderão com a igreja Católica e tentarão absorver os conhecimentos científicos e históricos, rebolando para harmonizar isso no que der.
O resultado final é uma fé fraca quase morta como se vê hoje nos católicos cultos. Renovação carismática é um atraso desesperado como convulsões antes da morte. Não tenho certeza do que vem depois disso no ramo católico, se a morte vai ser calma pelo enfraquecimento da fé ou sofrida pela vontade de não morrer.
Mas penso que alguns aprenderão com a igreja Católica e tentarão absorver os conhecimentos científicos e históricos, rebolando para harmonizar isso no que der.
O resultado final é uma fé fraca quase morta como se vê hoje nos católicos cultos. Renovação carismática é um atraso desesperado como convulsões antes da morte. Não tenho certeza do que vem depois disso no ramo católico, se a morte vai ser calma pelo enfraquecimento da fé ou sofrida pela vontade de não morrer.
Re: O Fim de Uma Era
Regis Medina escreveu:Já existem grupos que já fazem muitas misturas em suas crenças. Talvez tentar criar mais mistérios seja importante para esses se manter com fé, visto que mistérios estão sempre sendo destruídos.
Mas penso que alguns aprenderão com a igreja Católica e tentarão absorver os conhecimentos científicos e históricos, rebolando para harmonizar isso no que der.
O resultado final é uma fé fraca quase morta como se vê hoje nos católicos cultos. Renovação carismática é um atraso desesperado como convulsões antes da morte. Não tenho certeza do que vem depois disso no ramo católico, se a morte vai ser calma pelo enfraquecimento da fé ou sofrida pela vontade de não morrer.
Eu penso que a Europa é um bom exemplo do que está para vir no futuro. O problema é que fica um ambiente meio que vazio, e então coisas piores podem tomar conta, como o Islã por exemplo.
Religiões nunca irão sumir do mapa, então pelo menos, que seja uma parecida com o catolicismo atual. O catolicismo é a única forma de cristianismo que pode absorver novidades que a sociedade secular oferece, nem que isso seja a passos de formiga.
Johannes- Mensagens : 380
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Re: O Fim de Uma Era
Por causa dos fanáticos, o Islã acaba pagando o pato e sendo o grande vilão do século XXI. Mas os cristãos ortodoxos devem morrer de inveja dos Aiatolás e outros xiitas, e se lamentar viver num Ocidente que aprendeu muito sobre o valor da vida e da liberdade depois do século das luzes.Johannes escreveu:Eu penso que a Europa é um bom exemplo do que está para vir no futuro. O problema é que fica um ambiente meio que vazio, e então coisas piores podem tomar conta, como o Islã por exemplo.
Para a grande maioria, a religião serve mais como um freio moral. Freio moral que é importante para que a vida em sociedade não se transforme no caos. E é a certeza, vinda dos exemplos da história tanto do passado como do presente, que cria em alguns a impressão que as pessoas apenas deixarão de agir como animais predadores se tiverem o freio da religião.
O freio moral é importante, não resta dúvida, pelo menos para mim, e pode ser imposto de duas maneiras:
- voluntariamente, no caso do indivíduo educado, uma vez que, pela educação recebida ele evita sem necessitar de qualquer estímulo externo um comportamento sem ética, pois está consciente que uma sociedade não se constrói sem respeitar o direitos do outro; ou,
- por imposição, obrigando, pelo temor, àqueles que não conseguem se autodisciplinar, a fazer o que deve ser feito. Neste caso as leis e a religião assumem o papel que a consciência mal educada do indivíduo não pode assumir.
Se tudo pudesse ser resumido ao que escrevi acima, não haveria problema e viveríamos no melhor dos mundos. Bastaria substituir a religião por um programa de educação que desse às pessoas uma formação que naturalmente as levaria a um comportamento de respeito pelo outro, junto com leis que enquadrasse os recalcitrantes. Ninguém precisaria de uma religião para dizer que matar é errado e os que não concordassem com isso teriam a força da lei para obrigá-los a aceitar essa norma de conduta.
Mas as coisas não são tão simples assim, principalmente quando quem está no poder é o tal "que não se enquadra". Para tais, a lei e a ética são as deles, não as da Sociedade e, quer pelo exemplo, quer pela força, acabam impondo seus valores à maioria, não importa quão antiéticos eles sejam. As recentes eleições aqui no Brasil, foram um exemplo vivo de como uma conduta marginal é imposta a uma sociedade e, finalmente, é por ela aprovada e, até, endossada.
Por isso, eu acredito, que a maioria consciente defende a religião, não porque acredite em seus mitos (ressurreição, caminhar sobre as águas ou multiplicar os pães) mas porque teme que a ausência da religiosidade povoará o mundo de Hitleres, de Idi Amin Dadas, de Lulas, de Malufs, de Tiriricas, de Sarneys e de Stálins. e, para ser honesto com vocês, hoje eu não sei se a tal maioria consciente religiosa está tão errada por pensar assim.
Um abraço,
RV
Re: O Fim de Uma Era
Posso estar enganado, mas me parece que o que é considerado moderado no islã, ainda assim está longe de ser uma visão tolerante e liberal, pelos seus próprios fundamentos no Corão, assim como o cristianismo só se torna mais tolerante o quanto mais desconsidera o que se acredita ser um escrito sagrado.
Já os fanáticos de ambos os lados amam alimentar o medo de seus adeptos, medo que se transforma naturalmente em ódio.
Já os fanáticos de ambos os lados amam alimentar o medo de seus adeptos, medo que se transforma naturalmente em ódio.
Re: O Fim de Uma Era
Não conheço o Alcorão para falar sobre ele. Apenas reproduzi o que alguns falam, isto é, que o ódio é difundido pelos fanáticos e que o Islã prega a paz, o amor ao próximo, a caridade, a misericórdia etc. ... essas coisas que os cristãos, judeus, espíritas, candoblecistas, budistas ... também falam.
Mas tive a paciência de ler dois, dos três volumes de uma tradução direta do Árabe para o português das Mil e Uma Noites, que achei tremendamente chata, sem graça e cansativa pelas inúmeras interrupções sem sentido e pelas expressões mais sem sentido ainda que permitem à "bela" Sheherazade sobreviver, noite a pós noite, graças ao nível de retardamento mental de seu augusto marido que, por esses histórias idiotas, a mantém viva (eu acho que a decapitaria depois de 5 noites ouvindo as mesmas histórias de plenilúnios afastados por feiticeiras sanguinárias de suas princesas amantes, filhas de sultões riquissimos). A ideia que o livro, que vem recheado de citações do Alcorão, passa, é que para o seguidor do Islã, as pessoas são boas e merecedoras de todo o nosso amor, lealdade, carinho e afeição porque são belas como o "plenilúnio", faraonicamente ricas, e jovens. Os sultões, então, não importa o que façam, são exemplos de justiça, sabedoria e completa perfeição. E as mulheres? Ah, as mulheres ... são, na maioria das histórias, as grandes vilãs. Ardilosas, mentirosas, lascivas e ... um não pequeno número de vezes, bruxas vingativas.
Como o livo foi compilado depois da Hégira, imagino que sejam esses valores que o Alcorão inculca nos seus leitores.
Mas tive a paciência de ler dois, dos três volumes de uma tradução direta do Árabe para o português das Mil e Uma Noites, que achei tremendamente chata, sem graça e cansativa pelas inúmeras interrupções sem sentido e pelas expressões mais sem sentido ainda que permitem à "bela" Sheherazade sobreviver, noite a pós noite, graças ao nível de retardamento mental de seu augusto marido que, por esses histórias idiotas, a mantém viva (eu acho que a decapitaria depois de 5 noites ouvindo as mesmas histórias de plenilúnios afastados por feiticeiras sanguinárias de suas princesas amantes, filhas de sultões riquissimos). A ideia que o livro, que vem recheado de citações do Alcorão, passa, é que para o seguidor do Islã, as pessoas são boas e merecedoras de todo o nosso amor, lealdade, carinho e afeição porque são belas como o "plenilúnio", faraonicamente ricas, e jovens. Os sultões, então, não importa o que façam, são exemplos de justiça, sabedoria e completa perfeição. E as mulheres? Ah, as mulheres ... são, na maioria das histórias, as grandes vilãs. Ardilosas, mentirosas, lascivas e ... um não pequeno número de vezes, bruxas vingativas.
Como o livo foi compilado depois da Hégira, imagino que sejam esses valores que o Alcorão inculca nos seus leitores.
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